quinta-feira, 19 de julho de 2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
ESTE MUNDO: UM LUGAR DE LAZER OU UM CAMPO DE BATALHA?
As coisas são para nós não apenas o que elas são -
elas são o que achamos que elas são. Isso quer dizer que a nossa atitude para
com as coisas é provavelmente mais importante, afinal de contas, do que as
próprias coisas em si mesmas. Isso é uma peça comum do conhecimento, tal como
uma velha moeda, já desgastada pelo uso, mas que ainda tem sobre si o cunho de
que é verdadeira, e não deve ser rejeitada simplesmente por nos ser tão
conhecida.
É estranho como um fato pode permanecer inalterado, ao
passo que a nossa interpretação do mesmo altera-se com o passar das gerações e
dos anos. Um fato assim é o mundo em que vivemos. Ele existe e tem existido
através dos séculos. Isso é um fato permanente, praticamente inalterado com o
passar do tempo, mas como é diferente a forma pela qual o homem moderno o vê,
em relação à visão que nossos pais tinham! Aqui vemos com clareza quão grande é
o poder da interpretação. O mundo é para todos nós não apenas o que ele é - ele
é o que cremos ele ser E uma tremenda carga de dor ou de felicidade depende da
fornia correta da nossa interpretação.
Um exemplo disso pode ser buscado na experiência
americana. Há uma diferença enorme entre as atitudes tomadas nos dias de hoje e
aquelas dos primórdios da colonização americana. Naqueles tempos, quando o
Cristianismo exercia uma influência dominante sobre o pensamento americano, o
mundo era considerado um campo de batalha. Os primeiros americanos acreditavam
no pecado, no diabo e no inferno como constituindo uma força, e criam em Deus,
na retidão e no céu como sendo outra força. Por sua natureza, essas forças eram
opostas entre si numa hostilidade profunda, séria e irreconciliável.
Os seres humanos de então tinham que escolher um dos
dois lados - eles não podiam manter-se neutros. Para eles tinha de ser vida ou
morte, céu ou inferno, e se optassem por estar do lado de Deus, eles tinham a
expectativa de que teriam que enfrentar uma guerra contra os inimigos de Deus.
A luta seria real e mortal e duraria enquanto a vida permanecesse por aqui. As
pessoas almejavam o céu como um retorno da guerra, como um embainhar das
espadas para em paz desfrutar da vida no lar que lhes havia sido preparado.
Os sermões e os cânticos daqueles dias com frequência
tinham uma qualidade marcial, e muitas vezes um traço de saudade do lar
celestial. Os soldados cristãos pensavam sobre o lar, sobre o descanso e sobre
o estarem juntos com os seus, e suas vozes cresciam em lamentação ao cantarem
da batalha terminada e da vitória alcançada. Mas quer estivessem atacando as
armas do inimigo, ou sonhando com o fim da guerra e com as boas vindas do Pai,
eles nunca se esqueciam de como era o mundo em que viviam - era um campo de
guerra, e muitos eram feridos e mortos.
Essa visão é inquestionavelmente de acordo com as
Escrituras. Mesmo levando-se em conta as figuras e metáforas que são muito
frequentes na Bíblia, é uma clara doutrina bíblica que tremendas forças
espirituais acham-se presentes no mundo. A humanidade, por causa de sua
natureza espiritual, está no meio dessas forças. Os poderes do mal inclinam-se
a nos destruir, ao passo que Cristo está presente para nos salvar por meio do
poder do evangelho. Para sermos libertos temos de colocar-nos do lado de Deus
em fé e em obediência. Resumidamente, era isso que os primitivos americanos
pensavam, e o que, cremos, é o que a Bíblia ensina.
Que diferente é hoje. A realidade permanece a mesma,
mas a interpretação mudou completamente. As pessoas não mais pensam no mundo
como sendo um campo de batalha, mas como um lugar de lazer. Não estaríamos aqui
para lutar; estaríamos aqui para brincar. Não estaríamos num país estrangeiro;
estaríamos em casa. Não estaríamos preparando-nos para a vida, mas já
estaríamos vivendo a nossa vida, e o melhor que poderíamos fazer é livrarmo-nos
de nossas inibições e de nossas frustrações para viver esta vida o máximo que
pudéssemos. Isto, cremos, é um correto resumo da filosofia religiosa do homem
moderno, abertamente professada por milhões e tacitamente aceita por muito mais
pessoas ainda, que vivem de acordo com essa filosofia, mesmo que não a admitam
por meio de palavras.
Esta mudança de atitude em relação ao mundo tem tido e
está tendo uma influência sobre os cristãos, até mesmo sobre os cristãos
evangélicos que professam a fé na Bíblia. Por um curioso malabarismo de
figuras, fazem uma soma de forma errada e ainda assim dizem obter a resposta
correta. Isso parece fantástico, mas é verdade.
A ideia quanto a este mundo ser um lugar de lazer em
vez de um campo de batalha tem sido acatada praticamente pela grande maioria
dos cristãos fundamentalistas. Eles podem respondei" com evasivas quando
diretamente questionados quanto à sua posição, mas a conduta deles os denuncia.
Eles estão querendo percorrer dois caminhos, desfrutar Cristo e o mundo, e com
muita alegria dizem a todos que receber Jesus não requer que renunciem ao seu
divertimento - o Cristianismo seria apenas a coisa mais divertida que se possa
imaginar. O "culto" decorrente de tal visão da vida acha-se tão
deslocado de seu centro como a própria visão em si mesma um tipo de casa de
diversões noturna santificada, sem a champanhe e sem os bêbados de colarinho.
Tudo isso chegou a um ponto que se tornou algo muito
sério, de forma que agora todos os cristãos têm a obrigação de reexaminar a sua
filosofia de vida à luz da Bíblia. Com a descoberta do caminho que é bíblico,
devem ir por ele, mesmo que, para isso, tenham de se desligar de muitas coisas
que tinham aceitado como verdadeiras, mas que agora, à luz da verdade, tenham
se mostrado serem falsas.
Uma visão correta de Deus e do mundo futuro requer que
tenhamos uma visão certa do mundo em que vivemos e do nosso relacionamento em
relação a ele. São tantas coisas que dependem disso que não podemos nos
descuidar a esse respeito.
Fonte: Este Mundo: Lugar de Lazer ou Campo de Batalha?/A. W.
Tozer
O EVANGELHO - GRUPO LOGOS
Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração. Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser ...
Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus, Ele é tão claro como a água que eu bebi. E não se negocia sua essência e poder se camuflado a excelência perderá!
O evangelho é que desvenda os nossos olhos e desamarra todo nó que já se fez, porém, ninguém será liberto, sem que clame, arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
O evangelho mostra o homem morto em seu pecar sem condições de levantar-se por si só ... A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está e o justifique, e o apresente ao Pai. Mostra ainda a justiça de um Deus Que é bem maior que qualquer força ou ficção, que não seria injusto se me deixasse perecer, mas soberano em graça me escolheu. É por isso que não posso me esquecer sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer, determinando ou marcando hora para acontecer o que Sua vontade mostrará.
O evangelho é que desvenda os nossos olhos e desamarra todo nó que já se fez, porém, ninguém será liberto, sem que clame, arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.
O evangelho mostra o homem morto em seu pecar sem condições de levantar-se por si só ... A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está e o justifique, e o apresente ao Pai. Mostra ainda a justiça de um Deus Que é bem maior que qualquer força ou ficção, que não seria injusto se me deixasse perecer, mas soberano em graça me escolheu. É por isso que não posso me esquecer sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer, determinando ou marcando hora para acontecer o que Sua vontade mostrará.
A CENTRALIDADE DO AMOR DE CRISTO POR NÓS
Você já experimentou uma
percepção do amor de Cristo quase maior do que você consegue conter?
Texto base: Efésios
3:14-19:
“Portanto, peço-lhes que não se desanimem por causa
das minhas tribulações em seu favor, pois elas são uma glória para
vocês. Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, do qual recebe o
nome toda a família nos céus e na terra. Oro para que, com as suas
gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio
do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e
oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente
com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a
profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento,
para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus.”
Você já experimentou uma percepção do amor de Cristo quase
maior do que você consegue conter?
Na carta de Efésios, Paulo estava
orando para que os cristãos daquela cidade pudessem “compreender, com todos os
santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e
conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais
tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:18,19). Os cristãos de Éfeso tinham
problemas como os nossos e a oração de Paulo não era só “que Deus ajude eles”,
mas que para que eles entendessem profundamente o amor de Deus. Saiba: o que
nos faz superar todas as dificuldades da vida cristã é entender o amor de
Cristo por nós! Entender profundamente o amor de Cristo transforma a nossa
vida e nos santifica. Quem está cheio do conhecimento do amor de Cristo não sai
e vai pecar, pois este amor nos constrange! Davi caiu não enquanto louvava
diante da arca.
Paulo diz que nós precisamos de um
poder especial para compreendermos profundamente o amor de Cristo. Então, como
conseguimos este poder? Sugiro três formas:
Ore. Ore por si mesmo, por seu irmão, por seu pastor, por
missionários, etc.. Não ore de forma rasa, mas como Paulo orou. Ore para que
Deus derrame deste poder para despertar sua sensibilidade espiritual para
compreender o amor de Deus. Aprenda a orar. Um dos sinais de imaturidade na
vida cristã são orações só para si mesmo.
Pense sobre o amor de
Cristo. Você nunca
irá crescer em entendimento se não pensar sobre Ele.
·
Pense sobre a largura do amor de Cristo que alcança o
solitário e não amados. Cristo demonstrou compaixão para com os
desprezados. O amor de Cristo alcança o pior dos pecadores.
·
Pense sobre o comprimento do amor de Cristo que procede desde a
eternidade ao eleger em amor. O amor de Cristo é eterno!
·
Pense sobre a altura deste amor. Você pode gastar sua vida
inteira (e você precisa fazê-lo) pensando neste amor. Jesus diz em João 15 que
Ele nos ama assim como o Pai O amou. Não há como ir mais alto que isso!
·
Pense na profundidade deste amor. Veja a descrição de quão
fundo foi o amor de Cristo em Filipenses 2:6-11. O eterno Filho de Deus deixou
a glória que tinha com o Pai e desceu até as profundezas de um homem de dores.
O Rei se tornou um servo e suportou na cruz a ira de Deus. Nós gastaremos uma
eternidade para compreender este amor!
Seja sensível.
Precisamos responder aos atos de amor de Cristo. Em Cantares 5 a noiva, diante
do chamado do seu amado, em vez de responder rapidamente, ela retarda e prefere
o conforto; e depois, quando ela se arrepende e vai abrir a porta, o noivo foi
embora. Será que não temos feito o mesmo com Cristo? Será que pensamos “o
Senhor estará sempre lá, depois vou encontra-lo”? Ele pode não estar. As coisas
mais preciosas na vida cristã não é saber defender a doutrina da predestinação,
mas ser íntimo do amor de Cristo.
Não dê suas afeições para a TV ou
esportes, mas para Cristo. Quanto mais você provar do amor de Cristo, mais doce
será a vida.
Por Tim Conway
na 10ª Conferência Fiel para Jovens © Editora Fiel
Resumo por: voltemosaoevangelho.com
Permissões: Você
está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em
qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não
altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
Fonte : Voltemosaoevangelho.com
TEOLOGIA DO CULTO PÚBLICO
Por Augustus Nicodemus Lopes
Pouca
gente percebe que os primeiros dos Dez Mandamentos têm implicações profundas
para o culto público que Deus requer de nós. Nesta aula, dada na Igreja
Presbiteriana de Santo Amaro, procuro mostrar os princípios para o culto que
podem ser derivados destes mandamentos.
A quem adorar, como adorar, o princípio regulador do culto e as motivações do coração.
A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO
Como pode um homem sendo
pecador ser salvo? Como pode um injusto ser declarado justo aos olhos do Deus
santo? Como pode o homem tão vulnerável ter garantia de salvação? Paulo
responde a essas questões quando escreve sua carta aos romanos. Vamos, tratar aqui
de cinco afirmações categóricas que nos afirmam a soberania de Deus na
salvação.
Em primeiro lugar, Deus
nos conheceu desde a eternidade (Rm 8.29). Deus nos conheceu de antemão. Ele
nos amou desde toda a eternidade. Amou-nos não porque viu algo em nós que
despertasse seu amor, mas amou-nos incondicionalmente. Antes do sol brilhar no
horizonte, Deus já havia colocado em nós seu coração. Antes dos mundos
estalares virem à existência, nós já estávamos no coração de Deus. Seu amor por
nós é eterno, incomensurável e incondicional.
Em segundo lugar, Deus nos
predestinou para a salvação (Rm 8.30). Deus nos predestinou em Cristo, para a
salvação, antes da fundação do mundo, desde o princípio, pela santificação do
Espírito e fé na verdade, a fim de sermos santos e irrepreensíveis perante ele.
Deus não nos escolheu porque previu que iríamos crer em Cristo; cremos em
Cristo porque ele nos escolheu. A escolha divina é a causa da fé e não sua
consequência. Deus não nos escolheu porque viu em nós santidade; fomos eleitos
para sermos santos e irrepreensíveis e não porque éramos santos e
irrepreensíveis. A santidade não é a causa da eleição, mas seu resultado. Deus
não nos escolheu porque viu em nós boas obras; somos feitura dele, criados em
Cristo Jesus, para as boas obras, e não porque praticávamos boas obras. As boas
obras são fruto da escolha divina e não sua raiz.
Em terceiro lugar, Deus
nos chamou eficazmente (Rm 8.30). Todos aqueles que são escolhidos por Deus na
eternidade, por quem Cristo morreu no calvário, são chamados à salvação, e
chamados eficazmente. O homem pode até resistir temporariamente a esse chamado,
mas não finalmente. Jesus disse que ninguém pode vir a ele se o Pai não o
trouxer. Disse, também, que suas ovelhas ouvem sua voz e o seguem. Os que Deus
predestina, Deus chama. Há dois tipos de chamados: um externo e outro interno;
um dirigido aos ouvidos e outro ao coração. Aqueles que são predestinados, ao
ouvirem a voz do bom pastor, atendem-na e o seguem.
Em quarto lugar, Deus nos
justificou por sua graça (Rm 8.30). Aqueles que são amados, escolhidos e
chamados são também justificados. A justificação é uma obra de Deus por nós e
não em nós; é um ato e não um processo. É uma declaração forense feita diante
do tribunal de Deus e não uma infusão da graça. É completa e irrepetível. Por
isso, não possui graus. O menor crente está tão justificado quanto o indivíduo
mais piedoso. Pela obra substitutiva e vicária de Cristo na cruz somos
declarados quites com as demandas da lei de Deus. Não pesa sobre nós mais nenhuma
condenação. Nossos pecados passados, presentes e futuros já foram julgados na
pessoa de Cristo, nosso substituto e fiador. Nossos pecados foram colocados na
conta de Cristo e a justiça de Cristo foi colocada em nossa conta. Estamos
quites com todas as demandas da justiça divina.
Em quinto lugar, Deus nos
glorificou pelo seu poder (Rm 8.30). Embora a glorificação seja um fato futuro,
que se dará na segunda vinda de Cristo, na mente e nos decretos de Deus já é um
fato consumado. Mesmo que o caminho seja estreito e juncado de espinhos. Mesmo
que os inimigos nos espreitem e toda a fúria de Satanás seja despejada contra
nós, nada nem ninguém, neste mundo ou mesmo no porvir poderá nos separar do
amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor. Nossa salvação foi
planejada, executada, aplicada e assegurada por Deus. A Deus, portanto, a
glória, agora e sempre por tão grande salvação!
Fonte: Palavra da Verdade
quarta-feira, 11 de julho de 2012
UM SÓ LIVRO
Por Norma Braga
Não
entendo que muitos que se denominam “cristãos” hoje consigam tranquilamente negar
a base de toda a nossa fé: a unidade da Bíblia.
Em
primeiro lugar, eles demonstram com isso uma tremenda falta de confiança nos
irmãos que tanto trabalharam, antes deles, durante séculos, nas mais variadas
áreas, para reconhecer e confirmar a autenticidade de todos os 66 livros das
Escrituras. Exibem-se assim não só como pretensos “descobridores da pólvora” –
e Deus sabe o quanto a tentação do ineditismo, em nossos dias, é avassaladora –
, mas sobretudo como desdenhosos (e, não duvido, ignorantes) de todo o generoso
encaminhamento investigativo que Deus permitiu para que tivéssemos esse
impressionante Livro, coeso, em nossas mãos.
Em
segundo lugar, fazem com a Bíblia algo que jamais fariam com seu autor
literário predileto: ignoram pedaços inteiros como “corpos estranhos” para dar
coerência a uma ideia previamente estabelecida por eles, imputando-a ao todo
como uma camisa-de-força. Agem assim como verdadeiros Jacks Estripadores do
livro que sustenta todo o cristianismo. Fico imaginando um crítico literário
que, diante de um romance de Albert Camus como A peste, tentasse provar
intenções espúrias do personagem principal, doutor Rieux, argumentando que
todas as páginas que descrevem seus esforços contra a praga “não foram, na
verdade, escritas por Camus e não pertencem ao livro”. Será que daríamos tanta
atenção a esse crítico quanto damos aos teólogos universalistas, por exemplo –
que, contra toda palavra do próprio Cristo sobre o inferno, preferem “pular” os
trechos que os tiram de sua zona de conforto ou, pior, preferem interpretá-los
esotericamente? Por que levaríamos as Escrituras menos a sério, em sua
inteireza, do que consideramos uma obra de literatura? Posso entender essa
leitura afrouxada por parte de um descrente, mas não de um crente em Cristo, sobretudo
quando pensamos o quanto Cristo conhecia, estudava e amava a Palavra que tinha
em suas mãos: o Antigo Testamento.
Diante de
qualquer texto, requer-se do leitor que não projete seus próprios anseios e
preconceitos por sobre a leitura. Caso proceda assim, será um mau leitor e não
conseguirá formar uma ideia adequada do que está lendo, seja uma narração, uma
descrição ou uma peça argumentativa. A Bíblia precisa de leitores que a
abordem, no mínimo, como a um texto coerente, não um amontoado de frases ou
livros sem conexão entre si. Mas, sobretudo, precisa de leitores que se
aproximem dela como se aproximariam do próprio Cristo: com “ouvidos para
ouvir”, ou seja, humildade para aprender e coração fértil para as mudanças que
Deus quer operar em nós, para a Sua glória. Só para esse leitor humilde a
Bíblia será, como foi para Timóteo, “as sagradas letras, que podem tornar-te
sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2Tm 3.15).
***
Fonte: Blog
da Norma Braga.
QUE TIPO DE JESUS VOCÊ PREGA?
Em Marcos 4 lemos a história quando Jesus acalma o mar. Se sua vida estivesse em risco, como a dos discípulos, qual seria sua reação? Você pularia de alegria? Para nossa surpresa, não é essa a reação dos discípulos. Eles não ficaram menos apavorados porque o mar estava calmo, mas ainda mais apavorados por causa de Jesus. Afinal “quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Marcos 4:41).
No vídeo abaixo, o Dr. R. C. Sproul nos convida a refletirmos que tipo de Jesus temos apresentado as pessoas. Será que apresentamos somente um Jesus “manso e suave”? Ou as pessoas se enchem de pavor diante da santidade de Cristo?
_____________________________________________________________________
O Dr. R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da igreja St. Andrews Chapel, na Flórida. Fundador e presidente do ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências, autor de mais de sessenta livros, vários deles publicados em português e editor geral da Reformation Study Bible. urante os seus mais de quarenta anos de ministério no ensino acadêmico e na igreja, o dr. Sproul tem se dedicado a transmitir com clareza as verdades profundas e práticas da Palavra de Deus. É casado com Vesta Ann e o casal tem dois filhos, já adultos.
No vídeo abaixo, o Dr. R. C. Sproul nos convida a refletirmos que tipo de Jesus temos apresentado as pessoas. Será que apresentamos somente um Jesus “manso e suave”? Ou as pessoas se enchem de pavor diante da santidade de Cristo?
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O Dr. R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da igreja St. Andrews Chapel, na Flórida. Fundador e presidente do ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências, autor de mais de sessenta livros, vários deles publicados em português e editor geral da Reformation Study Bible. urante os seus mais de quarenta anos de ministério no ensino acadêmico e na igreja, o dr. Sproul tem se dedicado a transmitir com clareza as verdades profundas e práticas da Palavra de Deus. É casado com Vesta Ann e o casal tem dois filhos, já adultos.
Publicamos recentemente um livro do Sproul intitulado “Quem é Jesus?“. No livro, ele nos leva a refletir com base na Bíblia sobre a pessoa e a obra de Jesus. Creio que será muito bom para você avaliar “que tipo de Jesus você tem pregado”.
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Transcrição: Que tipo de Jesus você prega? Eu tenho uma amiga que tem um doutorado em psicologia. Ela veio até mim, uma vez, tão brava com o pastor dela. Eu disse: “qual o problema?”. Ela disse: “eu chequei a conclusão que o meu pastor está fazendo tudo ao seu alcance para encobrir a natureza de Deus das pessoas”. Por que nós não queremos um Deus santo. Não queremos um Jesus santo. Nós queremos um “Jesus seguro”. Queremos um bendito Jesus manso e suave. Mas não um que comanda a tempestade. Não um que é estranho a nós. Há algo errado aí. Há algo errado quando buscamos tirar “as garras e presas” do Santo de Israel, para acomodar um povo ímpio. As pessoas não precisam disso. Elas precisam ver a Jesus como o Novo Testamento o apresenta, na plenitude de sua glória, na plenitude do esplendor da sua santidade, na majestade do seu poder, na autoridade dos seus comandos; porque nada menos satisfará um mundo moribundo do que um Redentor que é totalmente santo.
Transcrição: Que tipo de Jesus você prega? Eu tenho uma amiga que tem um doutorado em psicologia. Ela veio até mim, uma vez, tão brava com o pastor dela. Eu disse: “qual o problema?”. Ela disse: “eu chequei a conclusão que o meu pastor está fazendo tudo ao seu alcance para encobrir a natureza de Deus das pessoas”. Por que nós não queremos um Deus santo. Não queremos um Jesus santo. Nós queremos um “Jesus seguro”. Queremos um bendito Jesus manso e suave. Mas não um que comanda a tempestade. Não um que é estranho a nós. Há algo errado aí. Há algo errado quando buscamos tirar “as garras e presas” do Santo de Israel, para acomodar um povo ímpio. As pessoas não precisam disso. Elas precisam ver a Jesus como o Novo Testamento o apresenta, na plenitude de sua glória, na plenitude do esplendor da sua santidade, na majestade do seu poder, na autoridade dos seus comandos; porque nada menos satisfará um mundo moribundo do que um Redentor que é totalmente santo.
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Por R. C. Sproul. Trecho da pregação “The Holiness of Christ” na Conferência para Pastores de 2007 da Desiring God. © 2012 Desiring God Foundation. Usado com permissão. Website em português: www.satisfacaoemdeus.org.
Website do ministério do Dr. R. C. Sproul: www.ligonier.org.
Tradução: Vinícius Musselman Pimentel – Editora Fiel © Todos os direitos reservados
segunda-feira, 9 de julho de 2012
4 RAZÕES PARA LEMBRAR-SE DO CRIADOR NA JUVENTUDE
Por Dr. David Murray
O nosso inimigo diz: "A juventude é para o
prazer; a meia idade, para os negócios; e a velhice, para a religião". A Bíblia
diz: "A juventude, a meia idade e a velhice são para o seu Criador".
No entanto, visto que é especialmente na juventude
que somos mais inclinados (determinados?) a esquecer-nos de nosso Criador, é
nestes anos que temos de labutar, especialmente, para lembrar-nos de nosso
Criador (Ec 12.1). Lembre que ele fez você, supre as suas necessidades, cuida
de você, o assiste e o controla. Lembre também que ele pode salvá-lo. Há muito
a ser lembrado, mas isso se torna mais fácil quando você começa a memorizar
quando é jovem!
1. Anos de vigor
Entretanto, essa não é a única razão por que Deus
nos ordena lembrar-nos do Criador nos anos de juventude. Ele nos manda isso
porque a juventude são os anos de nosso maior vigor.
Por que devemos esperar até que estejamos morrendo,
até que estejamos esgotados, até que nosso vigor esteja quase acabado para
servirmos ao Criador? O Deus que nos criou merece nossos anos mais saudáveis e
mais ativos: nosso corpo está forte e robusto, nossa mente é perspicaz e clara,
nossos sensos são receptivos, aguçados e responsivos, nosso entusiasmo é
brilhante e firme, nossa vontade é determinada e pertinaz. Lembre-se do Criador
em seus anos vigorosos.
2. Anos de sensibilidade
Por que mais de nós se tornam cristãos durante a
nossa juventude do que em nossa meia idade ou em nossa velhice? Porque os anos
da juventude são anos de sensibilidade. Sem abandonarmos a nossa crença na
"Depravação Total", podemos dizer que é "mais fácil"
arrepender-se e crer quando você é mais jovem. Nunca é fácil, mas é mais fácil.
E é mais fácil porque, à medida que ficamos mais velhos, nosso coração fica
mais endurecido, nossa consciência, mais cauterizada, nossos pecados, mais
enraizados, e nosso estado de morte, mais grave.
Usemos nossa sensibilidade e receptividade juvenil
para lembrar-nos de nosso Criador antes que cheguem os dias maus da indiferença
insensível.
3. Anos de aprendizado
Aprendemos mais em nossa juventude do que em
qualquer outro período da vida. Isso é verdadeiro em todos os assuntos, mas é
especialmente verdadeiro na instrução religiosa. Todos os cristãos conhecidos
meus que se converteram a Cristo nos anos tardios de sua vida expressam
profunda tristeza a repeito de quão pouco eles sabem e quão pouco podem
aprender em sua idade. Encorajo-os a valorizarem e usarem todo tempo que o
Senhor lhes dá, mas eles sentem, muitas vezes, que têm de estudar duas vezes
mais para aprenderem apenas a metade.
4. Anos de perigo
Os anos de juventude são anos cheios de campo
minado: hormônios, pressão dos colegas, álcool, drogas, pornografia,
imoralidade, testosterona, etc. Poucos atravessam esses anos sem explodir aqui
e ali. Perigos são abundantes em todos os lados – e no lado de dentro. Quantas
"primeiras" tentações se tornaram "últimas" tentações!
Quanto precisamos de nosso Criador para guardar-nos e conduzir-nos através
desse campo de batalha.
Lembre-se de lembrar
Gostaria de oferecer-lhe algumas dicas que o
ajudarão a lembrar seu Criador durante estes melhores anos (e
"piores" anos):
- Convença-se de que você tem um Criador. Mantenha-se bem alicerçado num entendimento literal de Gênesis 1-2 e rejeite todas as influências evolucionárias.
- Procure conhecer o seu Criador: estude sua Palavra, usando sermões, comentários e bons livros. Mas também estude sua Palavra usando microscópios, telescópios e outros instrumentos que ele dá.
- Reúna-se com seus amigos do Criador: estabeleça amizades com outras criaturas que amam lembrar e respeitar o seu Criador.
- Siga a ordem do seu Criador: ele estabeleceu e deu um padrão de seis dias de trabalho seguidos por um dia de descanso, para contemplação de suas obras.
- Peça a salvação que seu Criador proveu: ainda que a sua rejeição de seu Criador tenha despedaçado sua vida, ele está disposto a recriar você à imagem dele.
E, enquanto falamos do assunto de salvação, não
quero que os leitores mais velhos sintam-se desencorajados. Comparados com as
eras da eternidade, vocês ainda estão em sua "juventude". Não é tarde
demais para lembrarem-se dele, antes que os dias maus se aproximem cada vez
mais.
- Sobre o autor: Dr. David Murray
é professor de Antigo Testamento e de Teologia Prática. Murray é nascido em
Glasgow, na Escócia, onde foi ordenado ministro evangélico. Obteve seu doutorado
em ministério pelo Reformation International Theological Seminary. Atualmente é
um dos catedráticos do PRTS, nos EUA. Murray é casado com Shona, com quem tem
quatro filhos.
Tradução: Wellington Ferreira
Fonte: [ Editora Fiel ]
POR QUE NÃO OPERAMOS MILAGRES MAIORES QUE OS OPERADOS POR JESUS?
Por Ruy Marinho
“Em
verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que
eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” João 14:12
Certo
dia, um amigo muito angustiado me procurou, preocupado com o seu ministério,
dizendo que não conseguia adquirir a promessa de Jesus descrita nesta passagem.
Em outras palavras, não chegava a um nível de espiritualidade elevada, a ponto
de operar milagres maiores dos que o Mestre operou em seu ministério terreno.
A
primeira coisa que questionei: se realmente as “obras maiores” que Jesus
prometeu que iríamos fazer, for os sinais miraculosos que Ele operou durante
seu ministério terreno, então estamos com um problema muito grave: A realidade
da Igreja hoje estaria muito distante do ideal! Os sinais extraordinários
operados por Jesus deveriam acontecer em quantidades maiores, com milagres mais
espetaculares e extraordinários
Confesso
que até hoje não vi ninguém operar milagres e sinais extraordinários como:
andar sobre as águas, curar cegos e paraplégicos, reconstituir mutilados,
ressuscitar mortos, transformar água em vinho, ler pensamentos, multiplicar
pães e peixes etc.
Na
verdade, o grande problema é que muitos pregadores “milagreiros” utilizam Jo
14:12 de forma isolada e fora de contexto, interpretando o texto de maneira
literal, para tentar justificar seus truques de ilusionismo e de misticismos
exóticos. Este errôneo “padrão de ensino” vem sendo propagado há muito tempo
nas igrejas neopentecostais brasileiras, tendo em vista os inúmeros casos de
pessoas que se frustraram ministerialmente por não conseguir alcançar esta
suposta “promessa sobrenatural” de Jesus, bem como por serem vítimas dos
milagreiros fraudulentos.
Analisando
o versículo de maneira exegética, o termo grego utilizado para “maiores” é
meizõn, literalmente significa “coisas maiores”. Já o vocábulo “obras” a
palavra grega é ergon, que significa trabalho, ato, ação. [1] O termo ergon é
direcionado, em sentido amplo, a “trabalho”. Na versão Bíblica inglesa King
James (KJV), o vocábulo ergon é empregado a “works”, que significa trabalho.
[2] Seguindo o contexto direto da passagem, as “obras maiores” significam a
longitude do trabalho através da expansão do evangelho. Em outras palavras: o
foco é trabalhos maiores e não milagres maiores!
Cristo
não está afirmando que faríamos milagres extraordinários maiores do que Ele
fez, mas sim que a obra da Igreja, no poder do Espírito Santo, será “maior” do
que a obra de Jesus, em sentido numérico e territorial. As obras maiores estão
diretamente conectadas à ida de Cristo ao Pai (“porque eu vou para junto do
Pai”), onde após isso o Espírito Santo seria enviado (Jo 14:16) e os discípulos
revestidos de autoridade para anunciar o evangelho (At 1:8). Quando o Espírito
foi derramado sobre os discípulos, todos eles pregaram a Palavra de Deus. Com
isso, converteram-se ao evangelho uma enorme multidão de pessoas, quantidade
bem mais numérica do que todas as pregações de Jesus juntas (At 1:15, 2:41,
4:4, 5:14, 6:7, 9:35, 12:24, 16:15). As “obras maiores” que os discípulos realizaram
foram, sem dúvida, às milhares de conversões de vidas, através da propagação do
evangelho pelo poder do Espírito Santo.
Os
apóstolos não operavam milagres como meio de pregar o evangelho, mas em casos
específicos como sinais inquestionáveis do poder de Deus (At 19:11). O
Evangelho em si tem como objetivo de salvar vidas e não de operar milagres
físicos, pois estes são meros coadjuvantes da mensagem evangelística (1Co
15:1-4, 1Tm 1:15). Em seus sermões, Jesus nunca priorizou curas, milagres e
sinais. Os mesmos eram acompanhantes de suas pregações, nos quais testificavam
que Ele era o Messias Ungido de Deus.
Sendo
assim, não devemos de forma alguma lamentar por não realizar milagres iguais ou
maiores dos que Cristo operou. Na verdade, o nosso lamento deve estar na
superficialidade bíblica em que algumas igrejas estão inseridas, pois o que é
pregado e ensinado por muitos vem prejudicando a essência da mensagem bíblica,
enfatizando experiências místicas extra-bíblicas em detrimento da verdadeira
mensagem evangelística que é a salvação e transformação de vidas.
O maior
milagre que pode acontecer na vida de alguém é a salvação em Cristo Jesus.
Portanto, vamos anunciar o evangelho!
Soli Deo
Gloria!
Notas:
1 – GINGRICH, F. W.; DANKER, F. W. Léxico do N.T. grego/português. Vida Nova, 2003. pág. 85.
2 – KING JAMES Amplifield Parallel Bible, 2005 Thomas Nelson Publishing Staff
1 – GINGRICH, F. W.; DANKER, F. W. Léxico do N.T. grego/português. Vida Nova, 2003. pág. 85.
2 – KING JAMES Amplifield Parallel Bible, 2005 Thomas Nelson Publishing Staff
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Fonte: Bereianos.
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